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Patologias

Atualmente, a Eisai orgulha-se de comercializar mais produtos para a epilepsia na Europa do que qualquer outra empresa.

Epilepsia:

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma doença neurológica crônica causada por alterações na atividade elétrica do Sistema Nervoso Central. Este mau funcionamento provoca as conhecidas crises epiléticas.

Pode afetar qualquer pessoa. Mas para sofrer de epilepsia é necessário ter tido mais de uma crise. As crises epiléticas ocorrem porque os neurónios (células cerebrais) sofrem alterações físiológicas que podem afetar funções como o movimento ou o comportamento.

Contudo, existem muitos tipos de crises e síndromes epiléticas e as convulsões não são o único sintoma da doença.

É uma doença que com um bom diagnóstico e com um tratamento adequado pode ser controlada numa grande percentagem dos casos.

Quantas pessoas têm epilepsia?

A epilepsia é uma das perturbações neurológicas mais frequentes. 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia.

Aproximadamente 5-10% da população terá uma crise ao longo da sua vida e até 20% dessas pessoas também apresentarão crises repetidas.

Sinais e sintomas

As crises epiléticas duram minutos ou segundos e ocorrem de forma repentina e inesperada. Os sinais ou sintomas dependem da zona do cérebro em que a crise tem origem e da propagação da atividade epilética a outras áreas cerebrais.

Por conseguinte, podem causar:

  • Rigidez e contrações descontroladas de uma ou mais partes do corpo (como braços e pernas), se a descarga afetar a área cerebral responsável pelo movimento.
  • Alterações auditivas e visuais.
  • Perda da consciência
  • Atordoamento.
  • Caminhar sem rumo.
  • Falar de forma confusa.
  • Mexer a boca como se estivesse a mastigar.

Tipos

Tipos de crises epiléticas

Uma crise epilética ocorre quando, de forma inesperada e transitória, existem sintomas e/ou sinais devidos a uma descarga neuronal anormal excessiva.

O primeiro passo para tipificar as crises epiléticas consiste em classificá-las em três grupos principais: crises de início focal, de início generalizado ou de início desconhecido.

1.- Focais

Estas crises são as que têm início numa determinada parte do cérebro. Podem estar localizadas nessa zona ou então propagar-se para outras áreas cerebrais.

As crises focais podem ser:

  • Crises focais sem alteração de consciência: quando não ocorre uma alteração do nível de consciência, em que a pessoa responde a estímulos externos.
  • Crises focais com alteração da consciência: neste tipo de crise o doente perde a consciência e pode dar a sensação de estar em transe. Ocorre uma repetição involuntária de determinados movimentos.
  • Crises focais motoras: que provoca movimentos involuntários de diferentes partes do corpo.
  • Crises focais não motoras: que não provoca movimentos involuntários de diferentes partes do corpo.
  • Crises focais com progressão para atividade tónico-clónica bilateral: começa como uma crise parcial, numa parte do cérebro, e estende-se ao resto do corpo tornando-se numa crise generalizada.

2.- Generalizas

Este tipo de crise epilética afeta todo o cérebro desde o início e provoca a perda de consciência.

Pode manifestar-se de diferentes formas e as mais habituais são as seguintes:

  • Crises generalizadas motoras: que provoca movimentos involuntários de diferentes partes do corpo. Por seu lado, esta poderá ser, entre outras:
    • Crises tónico-clónicas: têm início com a rigidez das extremidades (fase tónica) e posteriormente as diferentes partes do corpo começam a agitar-se bruscamente e de forma involuntária (fase clónica). Como consequência podem ocorrer quedas abruptas, o doente pode morder a língua ou urinar involuntariamente.
    • Crises mioclónicas: são contrações breves e abruptas das extremidades. Duram muito poucos segundos, e muitas vezes passam despercebidas.
    • Crises atónicas: os músculos de todo o corpo relaxam. Como ocorre de forma tão repentina a pessoa cai no chão. Podem ocorrer lesões, feridas e cortes graves na cabeça.
    • Crises tónicas: após uma perda repentina de consciência, os músculos de todo o corpo ficam rígidos durante uns segundos, embora ocasionalmente possam prolongar-se por uns minutos.
  • Crises generalizadas não motoras: que não causa movimentos involuntários de diferentes partes do corpo. Dentro deste grupo encontram-se, por sua vez, as:
    • Crises de ausência: o olhar fica fixo num determinado ponto e perde-se a consciência. Cada episódio dura uns segundos e a pessoa recupera como se nada tivesse acontecido. Costumam ser tão curtas que é difícil apercebermo-nos. São mais frequentes nas crianças do que nos adultos.

3.- Crises de início desconhecido

 

Tipos de epilepsia

O segundo nível é o da classificação do tipo de epilepsia, que inclui quatro categorias: epilepsia focal, epilepsia generalizada, epilepsia combinada generalizada e focal (com crises focais e crises generalizadas) e epilepsia desconhecida (quando a informação disponível é insuficiente para a sua classificação).

Este tipo de classificação responde ao facto de muitos tipos de epilepsia poderem ter vários tipos de crises. O diagnóstico, em todos os casos, é feito no terreno clínico, com suporte das observações eletroencefalográficas.

Síndromes epiléticas

As síndromes epiléticas são um conjunto de sintomas que incluem crises de epilepsia e que se agrupam em função de uns sinais e padrões comuns como a idade de aparecimento. Neste caso existem cinco grupos de síndromes epiléticas:

  • Epilepsia com Ausências Infantil.
  • Epilepsia com Ausências Juvenil.
  • Epilepsia Mioclónica Juvenil.
  • Epilepsia com Crises Generalizadas Tónico-Clónicas Apenas.
  • Epilepsias Focais Autolimitadas.

Síndrome de Lennox-Gastaut

É uma doença neurológica rara que aparece na infância. É uma das formas mais graves de epilepsia. É frequentemente acompanhada por um atraso psicomotor, dificuldades de aprendizagem, perda de memória e alterações dos movimentos.

É caracterizada por episódios frequentes de crises e pela diversidade das mesmas.

Causas

Causas

A epilepsia idiopática, ou seja, aquela em que a causa é desconhecida, é a forma mais frequente.

 Por outro lado, há a epilepsia secundária ou sintomática que pode ocorrer por diferentes motivos:

Lesão cerebral causada por lesões antes ou imediatamente após o nascimento (por exemplo, asfixia ou traumatismo durante o parto, baixo peso à nascença, etc.).

  • Malformações congénitas ou alterações genéticas com malformações cerebrais associadas.
  • Traumatismo crânio-encefálico grave.
  • Acidente vascular cerebral, que limita a chegada de oxigénio ao cérebro.
  • Infeções cerebrais, como a meningite e a encefalite.
  • Determinadas síndromes genéticas.
  • Tumores cerebrais.

Tratamentos

Atualmente, o objetivo do tratamento é reduzir a frequência das crises e melhorar a qualidade de vida da pessoa com epilepsia.

Tratamento farmacológico

O tratamento farmacológico é selecionado pelo médico tendo em conta o tipo de epilepsia que o doente sofre, assim como as suas características (sexo, idade, peso, outras patologias…).

O médico escolhe o fármaco para tentar tratar a síndrome epilética do doente, mas se esta for desconhecida fá-lo com base no tipo de crise epilética apresentada.

A escolha do primeiro fármaco antiepilético é muito importante uma vez que este é, normalmente, administrado durante anos. Tendo por base a experiência, o tratamento com um único fármaco é geralmente eficaz no controlo das crises epiléticas, o qual é conhecido como monoterapia. Adicionalmente, favorece o cumprimento das doses e tomas por parte do doente e diminui o risco de efeitos adversos. Embora por vezes seja necessário usar vários fármacos para controlar a epilepsia.

Existem fármacos antiepiléticos de primeira, segunda e terceira geração. A primeira geração de medicamentos geralmente apresenta interações quando várias drogas foram administradas simultaneamente. No entanto, a evolução da pesquisa médica está permitindo que a última geração tenha menos ou nenhuma interação com outros fármacos antiepiléticos.

Contudo, cada fármaco tem as suas indicações, contraindicações e efeitos secundários.

 Supressão do tratamento antiepilético crónico

Mais de 60% dos doentes com epilepsia com tratamento antiepilético regista um período prolongado em as suas crises entram em remissão. Assim, a decisão de retirar o tratamento nestes doentes implica uma avaliação tanto dos benefícios como dos riscos.

Entre os benefícios está o facto de se evitar os possíveis efeitos adversos do tratamento crónico, especialmente importantes devido ao seu impacto na infância. Nas mulheres em idade fértil, podem ter influência na eficácia dos contracetivos orais e levar a malformações do feto.

Em relação aos riscos, as pessoas adultas podem sofrer uma recaída que aumenta a probabilidade de traumatismos graves, perda da carta de condução ou do emprego, etc.

Também se sabe que o risco de as crises regressarem é maior entre o primeiro e dois anos após a retirada do tratamento e que os doentes que estão livres de tratamento sofrem mais recaídas do que os que continuam em tratamento.

Para avaliar o risco destas recaídas, os médicos têm em conta a origem da epilepsia e a síndrome epilética que o doente tem. Assim como os seguintes fatores:

  • Estar livre de crises epiléticas entre 2 e 5 anos após o tratamento com fármacos antiepiléticos.
  • Que as suas crises sejam parciais ou crises generalizadas tónico-clónicas.
  • Que o exame neurológico/coeficiente intelectual seja normal
  • E que o eletroencefalograma tenha normalizado com o tratamento.

Se estes requisitos forem cumpridos, pela experiência registada, é possível esperar que uma retirada do fármaco antiepilético não leve ao aparecimento de novas crises em 69% das crianças e 61% dos adultos.

Não obstante, as orientações da prática clínica recomendam que se informe o doente sobre estes riscos e benefícios antes de se tomar uma decisão final.

 

Tratamento não farmacológico

Cirúrgico

A cirurgia da epilepsia é a opção a ter em conta nas pessoas que não respondem ao tratamento com fármacos antiepiléticos.

Principalmente as pessoas com epilepsia focal resistente a fármacos, em particular as que são causadas por uma lesão (enfarte, malformações, etc.) poderão beneficiar da cirurgia.

O objetivo da cirurgia consiste em remover à área epileptogénica ou zona do cérebro onde têm origem as crises. Os melhores resultados são obtidos em pessoas com lesões bem definidas nos estudos de neuroimagem.

Dada a complexidade da intervenção é muito importante selecionar adequadamente os doentes e que esta seja realizada em unidades especializadas multidisciplinares.

Estimulador do nervo vago

Esta técnica consiste em estimular por impulsos o nervo vago esquerdo. Para o fazer, é colocado um gerador programável, com um tamanho parecido com o do pacemaker cardíaco, na parede torácica através de uma intervenção cirúrgica simples.

O gerador é ativado duas semanas após a implantação para permitir a cicatrização da ferida. O mesmo envia sinais elétricos de forma regular ao nervo vago.

O estimulador do nervo vago está indicado para doentes com mais de 12 anos, com epilepsia refratária de início focal, que não podem beneficiar da cirurgia da epilepsia. Ajuda a reduzir o número de crises.

Dieta cetogénica

O objetivo desta dieta consiste em consumir alimentos que possam ajudar a controlar as crises. Baseia-se numa dieta rica em lípidos (gorduras) e pobre em hidratos de carbono (açúcares).

Existem diferentes tipos de dietas cetogénicas. A sua realização e supervisão deve ser feita por nutricionistas. No início é necessário ser hospitalizado uma vez que vão sendo introduzidas, a pouco e pouco, durante três dias para ver como reage o corpo.

Para além do seguimento contínuo pelo neurologista ou neuropediatra, é imprescindível a colaboração do endocrinologista.

A sua eficácia foi demonstrada em alguns tipos de epilepsia, especialmente em crianças.

O paciente epiléptico

Emergência em crises epiléticas

Sem antecedentes de crises

Quando ocorre a primeira crise é importante chamar ou recorrer a um Serviço de Emergência para que seja feito um diagnóstico e administrar o tratamento adequado.

É importante:

  • Tentar manter a calma e evitar aglomerações em redor da pessoa.
  • Observar as características da crise para posteriormente fornecer toda a informação ao médico.
  • Olhar para o relógio para ter em conta a duração da crise.
  • Deitar a pessoa no chão, de lado e com a cabeça mais baixa do que o resto do corpo para facilitar a respiração.
  • Retirar do seu alcance objetos com os quais possa agredir-se e aleijar-se.
  • Evitar que bata com a cabeça ou sofra quedas bruscas.
  • Não tentar segurar o doente para deter as convulsões.
  • Não tentar abrir a boca, nem introduzir nenhum objeto na boca.
  • Permanecer ao lado do doente até que este recupere a consciência

Doente epilético

As pessoas adultas com epilepsia podem aperceber-se de quando estão a começar a ter uma crise epilética, mas as crianças não, geralmente são as pessoas que as rodeiam que conseguem reconhecê-las.

Em caso de crise, principalmente no caso das mais perigosas, como as generalizadas, há que garantir um cuidado correto do doente e evitar lesões durante a mesma:

  • Deitar o doente de lado.
  • Não meter nenhum objeto na sua boca.
  • Não imobilizar a pessoa à força durante a crise.
  • Desapertar a roupa se estiver justa.
  • Tirar-lhe os óculos e outros objetos que possam aleijá-lo.
  • Deixar que recupere após a crise.
  • Caso a crise dure mais de 5 minutos, apesar da administração de medicação, o período de recuperação após a crise for muito prolongado (mais de uma hora) ou se o doente tiver sofrido alguma lesão, é necessário ir às Urgências.

 

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